"A coligação está a abrandar (...) Esta situação demonstrou que a Europa ainda não decidiu por si própria se estará plenamente ao lado da Ucrânia sem os Estados Unidos", afirmou Zelensky numa conferência de imprensa realizada na sexta-feira, mas apenas transmitida hoje.
O chefe de Estado ucraniano assinalou ainda que a istração norte-americana liderada por Donald Trump adotou uma postura "demasiado conciliatória" em relação à Rússia e apelou a uma mudança de tom por parte de Washington.
"De momento, o tom do diálogo entre os Estados Unidos e a Rússia parece demasiado brando. Sejamos honestos: isso não vai travar Putin. O que é necessário é mudar de tom", escreveu Zelensky na rede social X.
O líder ucraniano declarou igualmente recear que os recentes ataques cruzados entre Israel e o Irão provoquem uma nova retração no apoio internacional à Ucrânia.
"Gostaríamos que a ajuda à Ucrânia não diminuísse por essa razão. Da última vez, esse foi um fator que abrandou o apoio", afirmou.
A Ucrânia e a Rússia realizaram hoje uma nova troca de prisioneiros de guerra, a quarta no espaço de uma semana, no âmbito dos acordos alcançados em Istambul no início deste mês, anunciaram ambos os países.
O Centro de Coordenação para os Prisioneiros de Guerra divulgou entretanto através da plataforma Telegram que a Ucrânia recebeu hoje 1.200 corpos de cidadãos ucranianos, incluindo militares, entregues pela Rússia, no âmbito desse acordo.
Durante as negociações realizadas em Istambul, Ucrânia e Rússia acordaram libertar todos os prisioneiros de guerra jovens ou feridos e proceder à devolução dos corpos de combatentes mortos.
A troca de prisioneiros e a devolução de corpos de militares são dos poucos domínios em que Kiev e Moscovo continuam a cooperar desde o início da guerra, no entanto, no fim de semana ado, ambos os países acusaram-se mutuamente de dificultar este processo.
A Ucrânia enfrenta há mais de três anos uma invasão em larga escala por parte da Rússia e tem contado com o apoio militar, financeiro e humanitário dos seus aliados ocidentais, nomeadamente dos Estados Unidos e da União Europeia.
Leia Também: AO MINUTO: 20 crianças e mais 2 generais mortos; Ataques a base dos EUA?